segunda-feira, 13 de julho de 2009

SENHOR DO MEU DESTINO


Meus olhos tem pálpebras que abraçam meu pupilo.
Não perguntei se posso.
Quero proteger seus olhos.
E quando houver luz,
Dilate sua íris e receba.
É o carinho meu que deseja entrar na vida sua.

Quando abre esse sorriso largo,
Sólido,
Intrigante,
Voluptuoso,
Acende um fósforo.
Ele guia os olhos meus,
Me confundo e bebo sua saliva e não mais a minha.
Danço suave,
Flutuo, acredito,
Entrego os meus braços e fico um com você.
Peço a mão do meu pupilo.
Sinto a opressão da solidão na íris
E preciso de um guia.
Não há mais pupilo e tutor.
Só nós dois e a solidão.

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